
Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo e Rovena Rosa/Agência Brasil
No mesmo horário em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros do governo, integrantes das Forças Armadas e outras autoridades estarão assistindo ao desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, representantes da direita e da esquerda vão promover atos em outros pontos da capital.
Pela esquerda, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o Fórum das Centrais Sindicais e o Grito dos Excluídos realizam manifestação na Praça Zumbi dos Palmares, na região central de Brasília.
Estão previstos eventos em pelo menos 23 unidades da federação em defesa da soberania nacional, da taxação dos super-ricos e da redução da jornada de trabalho sem redução salarial.
Já o ponto de encontro da direita será o estacionamento da Torre de TV, também no centro da capital. O movimento deve ocorrer em ao menos outras 16 cidades, segundo os organizadores do Reaja, Brasil.
Neste caso, as pautas são voltadas para “liberdade e justiça”, sobretudo a anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos atos contra as sedes dos Três Poderes, em 8 de Janeiro de 2023.
Governo quer resgatar o patriotismo
O governo Lula decidiu usar o Dia da Independência deste ano como oportunidade para retomar a bandeira do patriotismo e de defesa à nação, que nos últimos anos esteve atrelada ao grupo político de Jair Bolsonaro (PL).
Para tanto, palavras como “soberania” e a presença do verde e amarelo estão presentes no tema central do desfile cívico-militar que acontece na Esplanada dos Ministérios.
Uma campanha publicitária também está nas redes sociais estimulando a vestir a camisa amarela da Seleção Brasileira durante as celebrações do 7 de Setembro.
Além de defender a soberania do Brasil — sob o mote “Brasil dos Brasileiros” —, o desfile, que terá cerca de duas horas de duração, será amparado por dois outros eixos temáticos: a COP30 e Novo PAC.
Direita fará ato em SP
O movimento da direita desta vez contará com menos adesão de governadores. Em São Paulo está prevista a participação do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do mandatário de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Jorginho Mello (PL), que governa Santa Catarina, decidiu participar do ato em Florianópolis. Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), não participam dos atos.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não confirmou presença. Mas, já está certo que ela gravará um áudio para ser divulgado nos atos Brasil afora.
O 7 de Setembro deste ano ocorre em meio ao julgamento de Bolsonaro e outros sete réus na ação penal sobre o que seria um suposto plano golpista, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
CNN