
Faustino também criticou a forma como Brisa Bracchi promoveu o Rolê Vermelho, evento em que, segundo ele, artistas seriam pagos com emendas parlamentares de seu mandato. Foto: Reprodução/YouTube/98 FM Natal
Durante participação no programa Repórter 98, da 98 FM Natal, nesta terça-feira (19), o vereador Matheus Faustino (União Brasil) comentou sobre o pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT). Ele afirmou que a medida não se trata de perseguição política, mas de uma necessidade de esclarecer o uso de recursos públicos.
“Não existe perseguição política, muito pelo contrário. O único intuito que a gente tem é dar um esclarecimento para a população, primeiro, da casa, dar uma resposta de que eu faço bastante essa provocação nas minhas últimas falas”, disse Faustino.
O vereador explicou que cada um dos 29 parlamentares da Câmara possui aproximadamente R$ 1 milhão em emendas parlamentares e que a utilização dessas verbas para autopromoção em eventos políticos, especialmente em ano que antecede eleições, poderia enviar uma mensagem equivocada à população.
“Se a gente dá legalidade a utilizar as emendas para autopromoção em eventos, para fomentar, por exemplo, militância, qual recado a gente vai estar dando para a população? Além do salário, além dos R$ 22 mil de cota parlamentar, a gente vai poder utilizar nossas emendas para fazer campanha antecipada”, afirmou.
Faustino também criticou a forma como Brisa Bracchi promoveu o Rolê Vermelho, evento em que, segundo ele, artistas seriam pagos com emendas parlamentares de seu mandato. Em discurso no plenário da Câmara de Natal, Bracchi disse que as emendas seriam devolvidas pelos artistas contratados.
“Em relação a ela controlar ou não o evento, a Brisa divulgou o evento falando que era para comemorar o Bolsonaro na cadeia. Então, não existe controle do evento: ela, por si só, falou que o evento era sobre isso. Se existe aqui um erro, necessariamente a Brisa está errada também, porque ela falou que era um evento para comemorar a cadeia do Bolsonaro”, declarou.
O vereador reforçou que o debate não é sobre ética ou moral, mas sobre regimento interno da Câmara, que impede parlamentares de abusarem de suas ações, incluindo o envio de emendas, para obter vantagens indevidas. “Se eu estou utilizando emenda parlamentar para promover um evento e atacar um adversário político, eu estou ou não estou recebendo vantagem?”, questionou.
Portal 98 FM